Porto deseja ver o seu Centro Histórico reabilitado
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05 September 2018De algum tempo para cá, a atividade turística tem preenchido um papel importante no desenvolvimento da cidade do Porto, para a qual contribuiu a classificação, pela UNESCO, do seu Centro Histórico. Aliás, por diversas vezes, nos últimos anos, a cidade foi eleita melhor destino turístico europeu
A importância da reabilitação urbana
A empresa de capitais mistos Porto Vivo SRU é a entidade que está encarregada de promover e conduzir a reabilitação e reconversão do património degradado do território correspondente ao Centro Histórico do Porto.
Tendo essa missão como foco, a empresa tem vindo a participar em redes URBACT nos últimos anos. No âmbito do URBACT II, a Porto Vivo SRU participou nas redes Jessica For Cities e CSI Europe, ambas direcionadas para os mecanismos de financiamento à reabilitação urbana e que tiveram grande relevância para a cidade.
O Jessica For Cities foi pioneiro na avaliação dos benefícios que os fundos comunitários podiam trazer às cidades europeias quando concebidos para serem aplicados a projetos de reabilitação urbana e de desenvolvimento urbano.
O CSI Europe debruçou-se sobre a melhor forma de combinar subvenções e fundos JESSICA e de se abrirem novas linhas de financiamento para apoio a diferentes setores de atividade, incluindo o apoio direto à habitação e à intervenção de privados, sem esquecer os objetivos de melhoria da eficiência energética.
O projeto Second Chance
A rede Second Chance foi constituída por 11 parceiros europeus que tiveram como objetivo dar uma “segunda oportunidade” a grandes edifícios ou complexos de edifícios que entretanto tinham perdido as suas funções originais.
No caso da cidade do Porto, a Porto Vivo SRU fez uma aposta na recuperação de uma área extensa, a área de Santa Clara, que se encontra extremamente degradada. Definiu-se este território como preferencial e prioritário para a continuação da reabilitação do Centro Histórico, classificado como património mundial.
A intenção da Porto Vivo SRU é, por um lado, menorizar os efeitos nefastos que a localização daquela área, literalmente debaixo da Ponte D. Luiz, traz aos seus residentes e, por outro, criar condições que conduzam a uma onda de mudança, levando ao investimento público e privado naquela área.
O Plano de Ação Integrado de Santa Clara
A Porto Vivo SRU, em conjunto com o Grupo de Ação Local criado para o desenvolvimento e acompanhamento do Plano de Ação Integrado de Santa Clara, identificou oportunidades que poderão ser a alavanca de mudança neste território:
- o grande número de edifícios devolutos que permitirá gerar novos projetos, direcionados para novos residentes ou novas atividades;
- a existência de espaços não construídos de dimensões relevantes que poderão ser afetos a equipamentos de utilização coletiva;
- a crescente procura turística da cidade que poderá proporcionar a emergência de novos negócios.
A revitalização do território degradado e abandonado de Santa Clara está contemplada num conjunto de ações a promover no curto, médio e longo prazo pelo Plano de Ação Integrado de Santa Clara e, que no seu conjunto, pretendem mudar a face do local.
Uma das ações que tiveram lugar com vista à reativação do sítio foi uma Mostra de Fotografia, de forma a provocar o interesse e descoberta do bairro. Esta mostra inseriu-se num programa mais vasto – Programa de Dinamização de Santa Clara – que decorreu ao longo de quatro meses.
Esta mostra decorreu de um concurso de fotografia lançado a todos os interessados, quer fossem conhecedores do território ou não. Pretendeu-se não só estimular a visita ao espaço, como também promover um novo olhar sobre a área de Santa Clara.
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