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Porto, a cidade URBACT por excelência!

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12 September 2018
Read time: 2 minutes

A cidade do Porto é a cidade URBACT por excelência, de entre as cidades portuguesas!

E porquê? Por um lado, é a cidade com maior participação em redes URBACT nos últimos 10 anos: seis, no total. Por outro lado, é a cidade que regista um forte envolvimento de diversos departamentos da autarquia e da empresa de capitais mistos Porto Vivo SRU, focada na reabilitação urbana do seu centro histórico.

A cidade

Porto é a segunda cidade do país, capital da Área Metropolitana do Porto e da Região Norte, e sede de importantes grupos económicos do país.

Mas falar do Porto é também falar do famoso vinho que toma o seu nome – o vinho do Porto. Este vinho é produzido no vale do Douro, com o qual a cidade mantem fortes relações económicas, numa relação de complementaridade entre o grande centro urbano do litoral e a região interior, particularmente vocacionada para a produção de vinhos generosos de grande qualidade.

De há alguns anos para cá, a atividade turística tem preenchido um papel importante no desenvolvimento da cidade, para o qual contribuiu a classificação pela UNESCO, do seu centro histórico. Aliás, por diversas vezes, nos últimos anos, a cidade foi eleita melhor destino turístico europeu.

Os projetos URBACT

A aposta da cidade do Porto no Programa URBACT tem-se feito em várias frentes: da renovação urbana e seus mecanismos de financiamento, às estruturas de governança local, passando pela competitividade da economia e atratividade do território.

No âmbito do URBACT II, a cidade participou, através da Porto Vivo SRU, em projetos de grande relevância: o Jessica For Cities e o CSI Europe. Enquanto o primeiro foi pioneiro na avaliação dos benefícios que os fundos comunitários podiam trazer para as cidades europeias quando concebidos para serem aplicados a projetos de reabilitação urbana e de desenvolvimento urbano, o segundo debruçou-se na melhor forma de combinar subvenções e fundos JESSICA, de se abrirem novas linhas de financiamento para apoio a diferentes setores de atividade, incluindo o apoio direto à habitação e à intervenção de privados, sem esquecer os objetivos de melhoria da eficiência energética.

Esta empresa foi igualmente parceira da rede 2nd Chance, recentemente concluída no âmbito do URBACT III, e que procura dar uma nova vida a uma área muito degradada do Centro Histórico do Porto, a área de Santa Clara. Definiu-se este território como preferencial e prioritário para a continuação da reabilitação do centro histórico, classificado como património mundial.

O projeto ENTER.HUB (URBACT II) foi crucial para o arranque do projeto de transformação do nó ferroviário de Campanhã num futuro interface intermodal, moderno e inovador.

Ainda na temática da Governança, a rede Smart Impact aplica metodologias específicas de codesign e cocriação no sentido de promover o desenvolvimento inteligente e sustentável da cidade. Este objetivo alicerça-se no diálogo aberto entre autarquia, empresas, universidade e uma variedade grande de stakeholders.

O município esteve ainda envolvido na rede In Focus, que teve como objetivo a adequação da estratégia de especialização inteligente de nível regional, a RIS3 (Research and Innovation Strategies for Smart Specialisation), à estrutura da cidade. No caso do Porto, o enfoque foi dado ao desenvolvimento de clusters.

Ações emblemáticas

Escolhemos duas ações: uma promovida pela Porto Vivo SRU, a Mostra de Fotografia de Santa Clara; a outra, promovida pela autarquia, o Plano da Zona Oriental Bonfim-Campanhã.

A intenção da Porto Vivo SRU, expressa no Plano Integrado de Ação Local de Santa Clara é, por um lado, menorizar os efeitos nefastos que a localização daquela área, literalmente debaixo da Ponte D. Luiz, traz aos seus residentes e, por outro, criar condições que conduzam a uma onda de mudança, levando ao investimento público e privado naquela área.

Uma das ações que tiveram lugar com vista à reativação do sítio foi uma Mostra de Fotografia, de forma a provocar o interesse e descoberta do bairro. Esta mostra inseriu-se num programa mais vasto – Programa de Dinamização de Santa Clara – que decorreu ao longo de quatro meses.

A mostra teve por base o concurso de fotografia “Re.Ver Santa Clara”. As fotografias foram expostas nas paredes dos edifícios ao longo de uma das escadarias do bairro, revelando os diferentes olhares dos participantes do concurso.

Como vimos, a zona de Campanhã já há vários anos é alvo das preocupações da autarquia. Aproveitando a decisão de dotar a cidade com um novo nó ferroviário intermodal, associou-se a esta operação a criação de um cluster empresarial nesta área pobre e degradada da cidade.

Como resposta a necessidades concretas, a autarquia do Porto pretende implementar na zona oriental da cidade (Bonfim-Campanhã) um projeto inovador que prevê a instalação de vários espaços de coworking, centro empresarial e galerias de arte.

O vídeo produzido pelo Ponto URBACT Nacional sobre a participação da cidade do Porto em redes URBACT testemunha o seu forte envolvimento no programa.

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