You are here

Melhorar a vitalidade das pequenas cidades: “uma prioridade fundamental”!

Edited on

18 September 2019
Read time: 2 minutes

Como é que as pequenas cidades podem prosperar atualmente? O URBACT destaca uma série de ações locais destinadas a ajudar as cidades de pequena e média dimensão a tornarem-se mais dinâmicas.

Desde experiências de compras únicas, produtos locais exclusivos e eventos culturais até à participação da comunidade e incentivos financeiros, as cidades de pequena dimensão procuram formas de se manterem atrativas – e convencerem empresas, talento e visitantes suficientes a resistir à atração de zonas urbanas de maior dimensão.

Centenas de pequenas cidades juntaram-se às redes URBACT ao longo dos anos, trabalhando com grupos locais e especialistas internacionais para encontrar soluções sustentáveis e transversais para problemas como o esvaziamento das zonas comerciais urbanas, a diminuição do emprego ou o envelhecimento da população.

As redes RetaiLink, Agri-Urban e City Centre Doctor partilharam um conjunto de soluções na conferência Vitality of Smaller Cities, em Barcelona (ES). Leia aqui o relatório completo, com estudos de casos e recomendações de políticas. O evento juntou presidentes de câmara, autoridades municipais, profissionais e investigadores urbanos de 23 países para estudar o modo de promover a dinamização dos centros urbanos, impulsionar a comercialização de produtos locais – e transformar as pequenas cidades numa prioridade.

Mas porque são as pequenas cidades tão importantes?

“As pequenas cidades são a coluna vertebral da equação territorial da Europa. Estas cidades estão espalhadas por todo o continente e desempenham um papel muito importante para aproximar os serviços dos cidadãos”, afirma Emmanuel Moulin, Diretor do Secretariado URBACT. “A Europa pode fazer mais pelas pequenas cidades. Por vezes, concentramo-nos apenas nas grandes metrópoles, com base na perceção de que são os impulsionadores do desenvolvimento económico. Penso que a Europa necessita de um desenvolvimento territorial equilibrado e deve apoiar mais as pequenas cidades.”

As cidades de grande dimensão e mais conhecidas podem desempenhar um papel central no desenvolvimento económico urbano e na inovação. E com o potencial de aglomeração e um investimento significativo em infraestruturas, podem ter vantagens consideráveis sobre as cidades de pequena e média dimensão.

Mas a Agenda Urbana para a UE reconhece que as zonas urbanas de todas as dimensões podem impulsionar o crescimento, criar emprego para os cidadãos e melhorar a competitividade da Europa numa economia globalizada. Conforme afirma o enviado dos Países Baixos, Nicolas Beets, “A União Europeia é para os cidadãos e há pelo menos 40% que vivem em cidades de pequena e média dimensão”.

O Pacto de Amesterdão que estabeleceu a Agenda Urbana para a UE em 2016 constata que, embora os desafios urbanos tenham uma natureza cada vez mais local, estes requerem “uma solução territorial mais abrangente (incluindo interligações entre o espaço urbano e rural) e cooperação em áreas urbanas funcionais”. O pacto apela às autoridades urbanas para “cooperar nas suas áreas funcionais e com as regiões vizinhas, ligando e reforçando políticas territoriais e urbanas”, uma vez que as soluções urbanas podem promover grandes benefícios territoriais.

Seguem-se alguns recursos inspirados no URBACT para cidades de todas as dimensões:

O URBACT é um programa único, aberto a todas as cidades europeias, independentemente do tamanho ou geografia”, destaca Nuala Morgan, Chefe da Unidade de Capitalização e Comunicação URBACT. “As pequenas cidades carecem frequentemente dos recursos dos vizinhos de maior dimensão para participar nos programas da UE e noutras iniciativas urbanas, pelo que é importante que o URBACT as ajude a desenvolver as suas próprias capacidades.”

Etiqueta de homepage: Economia

Texto da autoria de Amy Labarrière, apresentado a 13 de junho de 2019