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Matosinhos, a cidade em que o passado e o futuro se entrecruzam no mesmo território

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12 September 2018
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A cidade de Matosinhos forma, com as cidades vizinhas do Porto e Vila Nova de Gaia, a Frente Atlântica do Porto. Neste contexto, a Carta de Compromisso assinada pelos três municípios em 2013 pretende afirmar-se como uma ferramenta intermunicipal para implementação da estratégia de políticas territoriais em áreas fundamentais, numa lógica de abordagem integrada

A cidade

Há algum tempo atrás, no início dos anos 2000, a autarquia de Matosinhos encetou um processo de reconversão urbanística da sua faixa marginal, criando uma Frente Urbana Marítima, estruturada por um amplo percurso pedonal e vários equipamentos de lazer (Escola de Desportos Náuticos, Piscina, Discoteca e alguns restaurantes).

A cidade era vista, até recentemente, como um dos maiores centros piscatórios do país, a que estava associada uma poderosa indústria conserveira, mas esta imagem tem vindo a alterar-se. Por um lado, as atividades ligadas à pesca têm sofrido um decréscimo, aqui como no resto do país, por outro lado a nova marginal veio conferir uma marca de modernidade e funcionalidade à cidade.

Marca de modernidade é igualmente o novo terminal de cruzeiros do Porto de Leixões, inaugurado em 2015 na ponta norte da cidade de Matosinhos, e que resulta de uma dinâmica de cooperação territorial entre o município e a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo S.A. (APDL), proporcionando, ao mesmo tempo, uma melhoria na eficácia comercial do porto e uma melhor integração urbana deste equipamento na cidade.

Os projetos URBACT

E é neste ponto que podemos introduzir o Programa URBACT.

Com efeito, a APDL e a autarquia foram parceiros da rede temática CTUR, a qual desenvolveu o seu trabalho entre os anos de 2009 e 2011, no âmbito do URBACT II. Este projeto teve como objetivo estudar a importância que as infraestruturas portuárias podem ter no desenvolvimento das cidades, procurando contribuir para a resolução das tensões entre as funções portuárias e as demais funções urbanas.

Com a participação nesta rede, Matosinhos procurou conhecer as experiências de outras cidades europeias no que se refere aos obstáculos e oportunidades que influenciam o processo de desenvolvimento sustentável no contexto das cidades portuárias.

Entretanto, a cidade continua a apostar não só na economia ligada ao mar, como em novos projetos URBACT.

E, assim, Matosinhos acaba de integrar uma Rede de Transferência, mais precisamente a parceria BLUACT, de que a cidade de Pireu, na Grécia, é a mentora. Trata-se de uma iniciativa de apoio a start-ups e ao empreendedorismo sustentável no cluster da economia marítima.

Esta nova parceria é vista com bastante expetativa pelo executivo municipal, como bem testemunha a Presidente da autarquia local.

A ação emblemática

Podemos afirmar que o novo equipamento do Porto de Leixões mudou a fisionomia da cidade!

O novo Terminal de Cruzeiros é o maior projeto de sempre de abertura do porto à cidade, fazendo do Porto de Leixões uma importante porta de entrada na região e impulsionando definitivamente o crescimento do número de navios de cruzeiro e de passageiros em Leixões, assumindo-se cada vez mais como um porto de cruzeiros.

Este edifício, de características arquitetónicas únicas, alia a sua função primordial de plataforma de chegada (e partida) de milhares de visitantes à cidade e à região, a uma valência nobre, pois aqui está instalado o importante centro de investigação CIIMAR (Interdisciplinary Centre of Marine and Environmental Research).

CIIMAR is a research and advanced training institution of the University of Porto. Its mission is to develop high-quality research, promote technological development and support public policies in the area of Marine and Environmental Sciences. O edifício alberga vários laboratórios e cerca de 2 centenas de investigadores, que têm como horizonte visual o imenso e esplêndido oceano.

Veja o vídeo que o Ponto URBACT Nacional produziu sobre a participação da cidade de Matosinhos em redes URBACT.

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